Veja o texto publicado pelo chef Alcindo Queiroz, no Facebook
Está uma polêmica danada em um novo restaurante da cidade servir sashimi de lagosta “viva”. Analisando os dois lados da história, noto uma certa falta de “ajuste interpretativo” para a questão.
Sim, o chef utiliza das melhores técnicas de abate do crustáceo, ponto!
Produto fresco é uma conquista inigualável numa cozinha, ponto!
Sashimi de lagosta é uma delícia. Precisamos de mais casas e chef’s especializados para nossa cidade, ponto!
A grande questão é que não é a qualidade da comida, sabor ou preparo, é o seu jeito de servir.
Lembro que há uns 08 anos atrás, quando ainda morava em NYC, fui a um restaurante estrelado e que servia sashimi tanto de lagosta quanto de peixe “vivos”, isto é, a carne filetada igualmente e servida com o resto não comestível ainda em espasmos.
Várias pessoas, inclusive eu, passamos mal com a cena.
Ver o peixe “tentando” respirar enquanto pegava um naco de sua “costela” não era das melhores coisas.
Ou quando fui ao Noma e o segundo prato era camarões vivos (pegava-se com a mão e mastigava passando em molhinhos, notadamente desconfortável em várias mesas e recusado)...
Não condeno quem acha errado, uma vez que a cena de servir é muito..., digamos, sado, grotesca, primitiva, escatológica até, resumindo, para muitos acho que é um cena desnecessária (afinal poderia servir apenas a carne), para outros uma grande experiência.
Mas, acredito que, gosto é uma coisa pessoal, e se lhe faz bem ou mal sentar a uma mesa e ver um bicho inteiro, cru, se “debatendo” para passar a idéia de frescor (uma coisa nada a ver com a outra), vá ou abandone a ida, bem simples.
Direito de livre arbítrio serve para isso.
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