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19 de Julho de 2013
Protestos tumultuam inauguração de estações de metrô com Dilma
Presidente Dilma inaugurou duas estações no Centro de Fortaleza.
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Manifestantes de diferentes grupos protestaram nesta ultima quinta-feira (18) em frente à estação de metrô José de Alencar, na Avenida Tristão Gonçalves, no centro de Fortaleza. No momento dos protestos, a presidente Dilma inaugurava a estação ao lado do governador Cid Gomes (PSB) e do ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro. Cerca de 500 pessoas participaram da manifestação de forma pacífica, que terminou sem tumultos.

Entre os manifestantes estavam as categorias de médicos, bombeiros, policiais militares, policiais ferroviários federais, evangélicos, fuzileiros navais e índigenas. A Tropa de Choque foi chamada ao local para bloquear a entrada depois que um grupo tentou derrubar as grades de proteção para o evento fechado para convidados. 

Índios fizeram manifestação cultural em frente à barreira formada por policiais da Tropa de Choque (Foto: André Teixeira/G1)Uma comissão de indígenas teve autorização para entrar na estação onde ocorreu a solenidade de inauguração. Na avaliação de Dourado Tapeba, líder indígena que fez parte da comissão, o encontro foi "positivo". "Fomos recebidos pela secretária de Desenvolvimento Social, ela prometeu aumentar os recursos e facilitar o nosso acesso à água. Também prometeu avaliar o nosso pedido de regularização fundiária", diz.

A presidente Dilma Rousseff participou da inauguração de duas estações da linha Sul do Metrô de Fortaleza. O metrô funciona em fase de teste e deve funcionar em fase comercial em janeiro de 2014, integrado ao Bilhete Único.

A presidente também deu ordem para a construção do Canal da Integração do Ceará, que deve levar água às cidades que mais sofrem com a seca no estado. O investimento total da obra é de R$ 1,5 bilhão.

A inauguração das estações de metrô terminou depois das 12h30. Alguns políticos que participavam do evento, como o senador Inácio Arruda e o deputado federal Chico Lopes, ambos do PC do B, foram vaiados pelo manifestantes quando saíam da cerimônia.

Presidente Dilma dá ordem de serviço do Cinturão das Águas do Ceará (Foto: Diana Vasconcelos/G1)A presidente Dilma Rousseff falou no seu discurso sobre as manifestações populares que ocorreram em todo país no mês de junho. Segundo ela, é natural do ser humano “cada vez querer mais”. “Democracia exige sempre mais democracia, desejos sociais conquistados vão também ensejar mais direitos sociais a serem conquistados”, disse.

O governo, segundo ela, deve ter a capacidade não apenas de entender a motivação dos protestos, mas também de “canalizar e resolver”.

Dilma criticou a falta de investimentos no passado em obras de mobilidade urbana. “O governo federal não investia em mobilidade urbana. No último período do governo Lula fez investimento e agora no meu”.

Ela disse não concordar que investimento em transporte público deve ser feito apenas pelas prefeituras e pelos estados e lembrou que o governo federal vai destinar R$ 50 bilhões para a área. “Esse é um problema da sociedade brasileira, portanto é um problema do governo federal também”, afirmou.

“O que acontece nas cidades brasileiras? Por vários motivos, as populações mais pobres são expulsas pra a periferia e geralmente trabalham nos bairros mais centrais e passam um tempo imenso de suas vidas para ir ao trabalho ou para estudar. Passam muito tempo, muito tempo mesmo dentro de um transporte coletivo”, afirmou.

Ao término do evento, os manifestantes barraram a saída de políticos e autoridades que estavam no interior da estação. Eles tiveram de deixar a estação por saídas alternativas.

Parte dos médicos que caminharam pelo centro de Fortaleza nesta quinta-feira em protesto contra o programa Mais Médicos e vetos à Lei do Ato Médico se dirigiram à área da estação do Metrô onde a presidente Dilma estava. Bombeiros e policiais militares do estado protestavam contra o governo do estado, com a demissão de servidores da corporação que estiveram em reunião durante movimento grevista de janeiro de 2012.

O grupo de evangélicos pediam leis que dificultem a prática de aborto. "Fazemos um protesto a favor da vida'', dizia um dos integrantes do grupo que exibe uma faixa com o dizer "Vida". Fuzileiros navais também participaram dos protestos nesta manhã, acorrentados


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