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15 de Julho de 2013
RJ: Protesto no casamento da neta do 'Rei do transporte' pode ter custado R$ 2 mi
RJ: Protesto no casamento da neta do 'Rei do transporte' pode ter custado R$ 2 mi
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Tudo começou a ser planejado há dois anos. Afinal, o casamento de Beatriz Barata e Francisco Feitosa Filho não podia ser apenas mais um. Foi a união de ninguém menos do que a neta daquele que é conhecido como o “Rei dos Ônibus” do Rio, o empresário Jacob Barata, com o herdeiro de Chiquinho Feitosa, ex-deputado federal cearense, que, em sua terra natal, também fez fortuna comandando empresas de transportes. A data marcada para a cerimônia, na Igreja do Carmo, no Centro do Rio, foi 13 de julho de 2013, no último sábado. Em seguida, todos os convidados foram ao Copacabana Palace para a festa. Ninguém falou oficialmente em custos, mas segundo cerimonialistas, o evento, para cerca de mil pessoas, deve ter saído por R$ 2 milhões.

Seria uma perfeição. Não fosse o fato de que, desde o mês passado, o Rio e o Brasil viverem uma onda ímpar de protestos. Não só por 20 centavos: mas, entre muitos outros pedidos, por um transporte de qualidade. Então, o conto de fadas ganhou capítulos imprevistos. Com bom humor, um grupo que começou com 60 e terminou com 150 pessoas se manifestou nas calçadas em frente à igreja e ao hotel. E uma história triste, comum nas últimas semanas, voltou a acontecer, já na madrugada de domingo, na Avenida Atlântica: PMs em confronto com jovens, tumulto e correria. Só que dessa vez o ferido mais grave, Ruan Nascimento, não foi atingido por uma bala de borracha, e sim por um cinzeiro atirado por alguém de dentro do Copacabana Palace. Pouco antes, convidados do casal foram acusados de jogar notas de R$ 20 para provocar os manifestantes.

Seguranças observam manifestante vestida de noiva em frente à Igreja do Carmo, no Rio Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press

Se no Rio ele vinha sendo divulgado apenas para os íntimos, no Ceará, o casamento de Beatriz e Francisco ganhou várias notas espalhadas por colunas sociais. Uma das últimas, de sexta-feira, do site Balada In, dizia que já tinham vindo do Nordeste “cerca de cem sobrenomes poderosos que estão curtindo o que a Cidade Maravilhosa tem de melhor”. Na lista de lugares por onde passaram, restaurantes como Satyricon e CT Boucherie, do chef francês Claude Troigros.

Por volta das 18h de sábado, os convidados começaram a chegar à igreja. Ao mesmo tempo, iam chegando os manifestantes. Uma noiva de “mentirinha” entregava baratas de plástico a quem passava. Um cartaz trazia um pedido: “Pego ônibus lotado e quero um bemcasado”. Nesse momento, eram cerca de 60 protestando. Mas um cordão de isolamento formado por 30 PMs — um para cada dois manifestantes — e seguranças particulares garantia que ninguém que não estivesse com traje passeio completo entrasse. Com exceção de três babás, vestidas de uniforme branco, com crianças no colo.

Policiais militares fazem disparos na entrada do Copacabana PalaceFoto: Hudson Pontes / Agência O Globo

Jacob Barata e seu filho, o pai da noiva, chegaram às 19h, num Mercedes C-180, ano 2011, que permaneceu, então, duas horas parado na pista esquerda da Rua Primeiro de Março, embaixo de uma placa de “proibido estacionar”. Beatriz chegou às 19h20m, num Mercedes E-350, ano 2010. Em comum, os dois veículos tinham algo curioso: personagens de pelúcia da Disney pendurados no espelho retrovisor, um Mickey e uma Minnie. No currículo, os dois carros, em nome do Grupo Guanabara, holding de Barata, carregam 22 multas desde 2010, pelo menos três delas por não identificação do condutor que cometeu a infração. A última, do E-350, é de 27 de junho: um avanço de sinal vermelho, infração gravíssima, cometida na Avenida Atlântica.

Tanto na chegada à igreja — onde a cerimônia ocorreu a portas fechadas —, quanto na saída, Beatriz ouviu uma série de gritos e vaias. Enquanto o casal foi de carro de luxo para o Copacabana Palace, muitos manifestantes que estavam no Centro foram para o hotel de ônibus. Lá, o grupo ganhou reforço. E cerca de 150 vararam a madrugada. Até que a PM, não mais com o batalhão local, mas com o Choque, chegou. Segundo a versão da polícia, para “conter um tumulto após um convidado ter jogado o cinzeiro em Ruan e os manifestantes terem reagido”.

Se os tumultos do lado de fora foram mais do que públicos, o que aconteceu dentro dos salões do Copa começou a surgir aos poucos nas redes sociais durante e depois da festa. Show de Latino, com uma bandeira do Brasil no palco; detalhes da milionária decoração e a tiara da noiva, supostamente de diamantes, ganharam a web. Uma madrinha postou uma foto dela e das amigas na festa, com a hashtag #cariocaspobres. No Facebook, um jovem que se identifica como Daniel Barata disse que foi ele quem tacou o cinzeiro em Ruan. E defendeu a sua atitude. Resumindo: terão assunto para a semana inteira.

Fonte: O Globo


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