O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT) pediu ao governo local explicações sobre mais de R$ 2,8 milhões gastos com a aquisição de ingressos e camarotes na partida de abertura da Copa das Confederações, no Estádio Mané Garrincha. Segundo o órgão, o dinheiro utilizado indica ausência de interesso público, desvio de finalidade e violação do princípio da impessoalidade.
Agnelo Queiroz (governador do Distrito Federal), Cláudio Monteiro (secretário extraordinário da Copa) e Antônio Carlos Lins (presidente da Companhia Imobiliária de Brasília) têm até 48 horas para responder o ofício. A ausência da devolução do valor ao erário poderá ser caracterizada como ato de improbidade administrativa.
Ainda segundo o comunicado divulgado pelo MP-DFT, a distribuição de ingressos para personalidades da capital federal configura a utilização de cargo público para autopromoção.
Um dia antes da partida, que terminou com a vitória do Brasil sobre o Japão, o MP-DFT abriu um inquérito civil público para apurar a aquisição de camarotes e entradas. A Terracap, dona do estádio Mané Garrincha, já havia informado que iria utilizar os ingressos de acordo com programa de relacionamento para reunir parceiros empresariais. O Ministério Público disse que os argumentos não são válidos.