Por meio de uma nota divulgada nas redes sociais, Rivaldo anunciou sua aposentadoria do futebol profissional neste sábado. Aos 41 anos, o agora ex-jogador, com passagens por Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Barcelona e campeão mundial com a seleção brasileira em 2002, vai seguir apenas como presidente do Mogi Mirim, cargo que ocupa desde outubro de 2008.
"Com lágrimas nos olhos hoje gostaria de primeiramente agradecer a Deus, minha família e a todos pelo apoio, pelo carinho que recebi durante esses 24 anos como jogador. Hoje venho comunicar a todos os torcedores do mundo que minha história como jogador chegou ao fim. Somente tenho que agradecer pela linda carreira que construí durante esses anos. Foram muitos os obstáculos, os desafios, renúncias, saudades, decepções, porém foram muito maiores as alegrias, as conquistas, crescimentos, mudanças", disse Rivaldo, em nota.
Ao anunciar o fim de sua carreira nos gramados, o camisa 10 do Brasil em duas Copas citou os obstáculos superados durante os 24 anos de futebol. "Construí minha carreira em cima de um milagre, saindo de Paulista, sem nenhum recurso financeiro, sem empresário, incentivos apenas familiares, desacreditado por médicos e técnicos, vi um sonho distante se tornar realidade", afirmou.
Revelado pelo Santa Cruz em 1990, Rivaldo Vítor Borba Ferreira, foi aparecer para o futebol atuando pelo Mogi Mirim em 1992, ao lado de Válber e Leto. Depois de brilhar no que ficou conhecido como 'Carrossel Caipira', o meia foi emprestado ao Corinthians. Em 1994, foi comprado em definitivo pelo Palmeiras, onde conquistou o Campeonato Brasileiro e durante dois anos e marcou época em um dos ataques mais poderosos do Brasil, que também contava com craques como Evair, Edmundo, Edílson, Djalminha e Luizão.
Depois de sair do Brasil, Rivaldo teve rápida passagem pelo La Coruña antes de chegar ao Barcelona. Foi no time catalão que o brasileiro alcançou o status de craque mundial. Até deixar o Camp Nou em 2002, foram dois títulos do Campeonato Espanhol (1997/1998 e 1998/1999), uma Copa do Rei (1998) e uma Supercopa da Europa (1997), além de ser eleito o Melhor jogador do Mundo pela Fifa em 1999.
Após desavenças com o técnico holandês Louis van Gaal, o recém campeão do mundo foi atuar no Milan (2002 a 2004), mas sem muito destaque. Depois, Rivaldo começou a rodar por diversas equipes: Cruzeiro (2004), Olympiakos (2004 a 2007), AEK Atenas (2007 a 2008), Bunyodkor-UZB (2008 a 2010), São Paulo (2011), Kabuscorp-ANG (2012) e São Caetano (2013). Nesta temporada, Rivaldo atuou pelo Mogi Mirim por duas partidas e teve a oportunidade de dividir o gramado com seu filho, Rivaldo Júnior, durante 30 minutos.
SELEÇÃO - A vitoriosa carreira de Rivaldo pela seleção brasileira começou em dezembro de 1993, contra o México. Neste jogo, a aposta do comandante Carlos Alberto Parreira marcou o primeiro de seus 37 gols com a amarelinha. Com a camisa 10 da seleção brasileira foi decisivo no vice-campeonato mundial, em 1998, e no título de 2002, quando foi vice-artilheiro da Copa da Coreia e do Japão, com cinco gols.
"Entre troféus, medalhas, premiações e títulos em uma terra onde tudo se consome, deixo aqui uma história, talvez um exemplo, mas com certeza um testemunho de que vale a pena crer e lutar", declarou Rivaldo, ao finalizar a nota em que anunciou sua despedida.
Fonte: JC Online