A Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST) vai convidar o comandante do 14º BPM, tenente-coronel José Wanderley Carvalho e o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, para debater o clima de insegurança que ronda a Capital do Xaxado, através de uma audiência pública. A decisão partiu do presidente da Câmara de Vereadores, José Raimundo Filho (PTB), durante a sessão ordinária realizada na última segunda-feira (24). Somente este ano, aconteceram nove assassinatos em Serra Talhada, um número 200% maior que o mesmo período do ano passado.
“Não podemos ficar parados e sem iniciativa diante o que está acontecendo em nossa cidade. Estamos propondo uma audiência pública para que se busque uma solução conjunta. A sociedade precisa comparecer e dar seu testemunho e as autoridades devem apresentar soluções”, declarou o vereador José Raimundo.
O tema insegurança veio a tona após a provocação feita pelo vereador Dedinha Inácio (PMDB) que cobrou providências. “Estes crimes tem deixado a população insegura e algo precisa ser feito”. Já o vereador Márcio Oliveira (PTN), que também é policial civil, falou sobre a fragilidade dos aparatos de segurança e não esqueceu de ressaltar os baixos salários pagos pelo Governo do Estado.
“Nestes quatro anos os índices de criminalidade tem aumentado, mas os salários dos policiais não. É um dos piores salários do Brasil”, declarou Oliveira, recebendo um aparte do petebista Francisco Pinheiro. “Essa preocupação com a violência em Serra Talhada é de todos nós. Mas sabemos que o comando do 14° BPM não obra milagres e o governo tem que dar respostas com aumento do efetivo”, disse Pinheiro.
ATAQUE PETISTA
Durante a sessão ordinária, as críticas mais pesadas contra o Governo do Estado partiu do vereador petista Sinézio Rodrigues. “Precisamos fazer um grande mutirão para se dar um basta na violência em Serra Talhada. O governo precisa fazer um investimento maior em segurança. Muitas vezes, o Policial Militar é vítima do sistema e é um dever do Estado dar segurança ao cidadão. Se for preciso vamos às ruas para cobrar do Estado o cumprimento do seu dever”, finalizou.