A aliança PSB/Rede ocupou, na manhã de ontem, o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, para lançar o documento que subsidiará o programa de governo da chapa, a ser concluído em maio. Antes, porém, as diretrizes serão debatidas pela internet com os apoiadores da candidatura de Eduardo Campos e de Marina Silva na internet. O governador de Pernambuco aproveitou o evento para “subir o tom” das críticas contra o governo Dilma. “Não podemos mais tolerar esse velho pacto político, que mofou e que não vai produzir mais nada de novo e de bom para o povo brasileiro”, disse ele.
Campos foi tratado como candidato pelos presentes. “Brasil, pra frente, Eduardo presidente!”, entoaram os militantes. “Não há nesse país ninguém que ache que mais quatro anos ‘do que está aí’ vai fazer bem ao povo brasileiro, nem eles mesmos. Eu e Marina ouvimos todos os dias, de muitos que estão lá, que estão apenas contando as horas para estar aqui”, criticou ele. O socialista também disparou contra a mudança ministerial promovida por Dilma nas pastas da Saúde e da Educação. “Temos esse quadro de estagnação na saúde, na educação. E quando se faz uma mudança, ela visa simplesmente o arranjo eleitoral, e não dar uma solução para o problema”, criticou Campos. Ele também alfinetou o PT com uma referência a um texto publicado pelo partido nas redes sociais, com ofensas a ele. “Nossa paciência revolucionária vai vencer. Vamos para o debate com argumentos, não com xingamentos”, disse.
O encontro também oficializou a entrada do Partido Popular Socialista (PPS) no grupo. O partido foi representado pelo presidente nacional, o deputado federal Roberto Freire (SP). “Estamos aqui não como recém-chegados, mas como velhos parceiros do sonho de uma sociedade socialista. O país mudou nos últimos 10 anos, talvez não da forma como nós queríamos. Agora, entretanto, essa mudança perdeu o rumo”, disse ele. O PPS já havia indicado que poderia apoiar campos na semana anterior.
Fonte: Diário de Pernambuco
