Pré-candidato à Presidência da República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), anunciou, na manhã desta segunda-feira (30), que deixará o Governo do Estado no dia 4 de abril, último dia do prazo para se desincompatibilizar do cargo antes de disputar as eleições de 2014.
"Vamos ficar até o prazo estabelecido pela Lei Eleitoral. A lei exige um prazo de desincompatibilização para aqueles que serão candidatos às eleições. Vou ficar no governo até o prazo legal, que é dia 4 de abril", afirmou em entrevista à Rádio Cultura Palmares, no município de Palmares, na Mata Sul pernambucana.
O Governo do Estado entregou 707 casas na cidade, que fica a 128 quilômetros do Recife, na manhã desta segunda.
Durante a entrevista, Campos minimizou ainda o impacto que o desconhecimento do seu nome pode ter nas eleições de 2014.
"Temos a clareza de que neste País de dimensões continentais, que é muito grande, nós ainda temos um desconhecimento muito grande. Eu sou conhecido em Pernambuco, mas fora de Pernambuco nós só vamos vencer esse desconhecimento quando o debate da TV e do rádio for iniciado", disse o governador, que acredita que haverá tempo de percorrer todo o Brasil na campanha eleitoral.
Pesquisa divulgada pelo Ibope em outubro deste ano aponta que o pernambucano ainda é desconhecido por quase metade do eleitorado nacional.
"Até o tempo que a legislação determina, vou estar em Pernambuco cuidando da minha tarefa, que é cuidar da segurança, da educação, da saúde, do saneamento, atraindo empresas para a geração de empregos. Esse é o meu dia-a-dia, que faço com grande ânimo e determinação", afirmou sobre o comando do executivo estadual.
Dentro do PSB, a candaditura do governador à Presidência é tida como irreversível desde que ele conseguiu o apoio da ex-senadora Marina Silva, em outubro deste ano.
"Vamos entrar em 2014 para ganhar 2014, com muito trabalho, ânimo e fé no futuro. Por isso, um feliz ano de 2014 para todas as famílias e que a gente possa tornar realidade os nossos sonhos", falou animado, após garantir que ganhou 2013.
Campos deve disputar o comando do País contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), da qual era aliado até setembro deste ano, quando o PSB entregou os cargos que possuia no Governo Federal.